julho 30, 2012

FELIZ ANIVERSÁRIO EUNICE MUÑOZ


Eunice Muñoz nasceu na Amareleja, 30 de Julho de 1928
 é uma atriz portuguesa de referência do teatro português
 e é considerada uma das melhores de todos os tempos.  




Com origens numa família de atores, Eunice Muñoz estreou-se em 1941, na peça "Vendaval", de Virgínia Vitorino, com a Companhia Amélia Rey Colaço/ Robles Monteiro, sediada no Teatro Nacional D. Maria II. O seu talento é de imediato reconhecido, e admirado por Palmira Bastos, Raúl de Carvalho, João Villaret ou pela própria Amélia Rey Colaço, o que lhe permite uma rápida integração na Companhia.
Em 1946 dá-se a sua estreia no cinema, aparecendo no filme de Leitão de Barros, "Camões". Por esta interpretação, Eunice ganha o Prémio do SNI - Secretariado Nacional de Informação, para a melhor atriz cinematográfica do ano.


Em 1947 ingressa na Companhia de Comediantes Rafael de Oliveira, onde é dirigida por Ribeirinho. No ano seguinte regressa ao Teatro Nacional para protagonizar "Outono em Flor", de Júlio Dantas. Seguidamente "Espada de Fogo", de Carlos Selvagem, encenado por Palmira Bastos, é um êxito retumbante.
Passa pelo Teatro da Trindade e durante quatro anos retira-se dos palcos. A sua re-apariçao dá-se em "Joana D' Arc", de Jean Anouilh, no palco do Teatro Avenida. Multidões perfilam-se pela Avenida da Liberdade, desejosas de obter um bilhete para ver Eunice, que a crítica aclama como genial.
Já nos anos 60, passa para a comédia na Companhia do Teatro Alegre, no Parque Mayer, ao lado de nomes como António Silva ou Henrique Santana
No Teatro Monumental fez "O Milagre de Anna Sullivan", de William Gibson (Prémio de Melhor Atriz do SNI ex-aequo com Laura Alves - 1963).

Em 1965 Raúl Solnado funda a Companhia Portuguesa de Comediantes (CPC), no recém inaugurado Teatro Villaret. Eunice recebe o maior salário, até aqui nunca pago a uma actriz dramática: 30 contos mensais. 
A peça de estreia é "O Homem Que Fazia Chover", de Richard Nash, encenado por Alain Oulman. Seguiram-se interpretações de Tenessee Williams e Bernardo Santareno.
Fundou, em 1970, com José de Castro a Companhia Somos Dois, com a qual fez uma longa tournée por Angola e Moçambique, dirigida por Francisco Russo em "Dois Num Baloiço", de William Gibson. 
Estreou-se na encenação com "A Voz Humana", de Jean Cocteau.


Com a proibição pela censura, a poucas horas da estreia, de "A Mãe", de Stanislaw Wiktiewicz, em que Eunice era a protagonista, o diretor da companhia, Luiz Francisco Rebello, demitiu-se.   

Em 1978, voltou aos palcos portugueses  integrada na companhia do reaberto Teatro Nacional D. Maria II, onde teve enormes êxitos, interpretando peças de Donald Coburn, John Murray, Bertolt Brecht, Hermann Broch, Athol Fuggard, Eurípedes, entre outros, trabalhando com encenadores como João Perry ou João Lourenço.

Em 1991, celebraram-se os seus 50 anos de Teatro, com uma exposição no Museu Nacional do Teatro, sendo Eunice condecorada, em cena aberta, no palco do Teatro Nacional, pelo Presidente da República, Mário Soares, quando evocava, de forma magistral, a figura de Estêvão Amarante, na revista-homenagem de Filipe La Féria.


A peça de teatro A Maçon”, foi escrita pela romancista Lídia Jorge propositadamente para Eunice e foi levada a cena em 1997, no palco do Teatro Nacional.

Em 2006 representou pela primeira vez na casa a que deu nome, o Auditório Municipal Eunice Muñoz, em Oeiras, com a peça "Miss Daisy", encenada por Celso Cleto.

Em 2007, no Teatro Maria Matos co-protagoniza com Diogo Infante "Dúvida" de John Patrick Shanley, sob a direção de Ana Luísa Guimarães. Em maio de 2008 é agraciada com o Globo de Ouro de Mérito e Excelência.



Em 2009 regressa ao Teatro Nacional D. Maria II com a peça "O Ano do Pensamento Mágico", de Joan Didion, sob a encenação de Diogo Infante.


Em 2011 volta à cena com "O Comboio da Madrugada", de Tennessee Williams, sob a encenação do mestre Carlos Avilez, no Teatro Experimental de Cascais.




Ainda em 2011, Eunice apresenta "O Cerco a Leninegrado" de José Sanchis Sinisterra, que teve estreia nacional em novembro, no Auditório Municipal Eunice Muñoz em Oeiras, e que muitos de nós tiveram o prazer de ver no dia 1 de março deste ano, no Teatro José Lúcio da Silva. Eunice Muñoz, celebrou 70 anos de carreira, no dia precisamente da estreia deste espetáculo.




Em maio deste ano, Eunice Muñoz partiu os dois pulsos e ficou com uma lesão grave na cervical, na sequência de uma queda durante os ensaios da peça de Tennessee Williams "O comboio da madrugada". A apresentação da peça foi por isso cancelada até à recuperação da atriz. 
A Biblioteca Municipal aproveita para desejar rápidas melhoras.


Tenha uma boa semana e vá ao Teatro

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