junho 22, 2016

A LITERATURA NÃO TEM FRONTEIRAS


"Sinto que isto é um engano, mas mesmo assim sinto-me muito honrado por ter sido incluído na lista, ainda que por erro. Vou continuar a fazer o que fazem os escritores. Sempre que alguém ganha um prémio prestigiante penso que é um dia bom para a literatura. Sinto-me dessa forma agora".

Foi assim que o escritor norte-americano, 
Richard Ford
reagiu ao saber que tinha sido o vencedor do 
Prémio Princesa das Astúrias de Literatura 2016.

Os elementos do júri, reunidos em Oviedo, consideraram que a obra de Richard Ford se inscreve na grande tradição da novela norte-americana do século XX e recorre a uma épica "irónica e minimalista" para definir as sua personagens, enredos e argumentos.
Refere ainda o júri que o autor é um "narrador profundamente contemporâneo" e ao mesmo tempo "o grande cronista do mosaico de histórias cruzadas que é a sociedade norte-americana".
Richard Ford é "considerado por alguns o herdeiro legítimo de Hemingway, influenciado, como ele mesmo reconheceu, por Faulkner e segundo Raymond Carver o melhor escritor em atividade nos Estados Unidos" afirmou o júri.

"If loneliness is the disease, the story is the cure."
                                                                           Richard Ford


Richard Ford nasceu a 16 de fevereiro em Jackson, Mississipi, em 1944, onde viveu até aos 18 anos. A seguir, na Universidade de Michigan, estudou Literatura e Direito e, depois, na Universidade Washington, em S. Luís, Missouri, novamente Direito, embora não chegasse a concluir nenhum dos dois cursos, dado que decidiu em 1968 dedicar-se exclusivamente à literatura.
E começou bem a sua carreira de escritor, em 1976, com a publicação do romance Um Pedaço do Meu Coração, que conseguiu o reconhecimento da sua qualidade pela crítica literária americana. Seguiu-se, em 1986, O Jornalista Desportivo (que a Biblioteca Municipal tem para empréstimo domiciliário) que o consagrou definitivamente como um dos melhores escritores norte-americanos contemporâneos. O próprio Raymond Carver, de quem foi amigo, chamou-lhe "um escritor magistral" a propósito deste romance. Nesse mesmo ano o Times considerou-o um dos cinco melhores romances do ano.
Richard Ford é o único escritor distinguido com os prémios Pulitzer e Pen/Faulkner para uma mesma obra - Dia da Independência, também disponível para empréstimo domiciliário e que foi considerado pelo Times como "nada menos que a história do século XX" é inquestionavelmente um dos livros mais inteligentes e mais expressivos das duas últimas décadas  e o seu autor uma das vozes mais eloquentes da literatura americana atual.




Duas Boas Razões Para Nos Visitar.

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