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março 13, 2024

SOFI OKSANEN



Sofi Oksanen nasceu a 7 de janeiro de 1977 em Jyväskylä, na Filândia.
É romancista e dramaturga, autora de seis romances publicados entre 2003 e 2019 e é, frequentemente, comparada a Charles Dickens e a Margaret Atwood.
A sua obra está traduzida em quarenta línguas e vendeu mais de dois milhões de exemplares em todo o mundo.
Todos os seus livros são escritos em finlandês. Apesar de falar estónio, país natal da sua mãe, nunca aprendeu a escrevê-lo, e é na Estónia e na sua história que pensa, quando escreve. O seu objetivo é colocar a Estónia no mapa histórico da Europa. Foi precisamente para dar a conhecer aos seus leitores um país, cuja história foi apagada por anos de ocupação, o que admitiu, na sua participação em 2018, na oitava edição do Festival Literário da Madeira (FLM).

Sofi Oksanen já foi galardoada com inúmeros prémios literários entre os quais:
  • 2008 - Prémio Filândia
  • 2009 - Prémio Runeberg
  • 2010 - Prémio de Literatura do Conselho Nórdico
  • 2010 - Prémio Livro Europeu do Ano (European Book Prize)
  • 2010 - Prémio Femina
  • 2013 - Prémio Nórdico da Academia Sueca
  • 2019 foi condecorada com a medalha de honra da Ordem das Artes e Letras, em França. 

Hoje divulgamos aos nossos leitores o seu segundo livro publicado em Portugal,
 O Parque dos Cães

" Um impressionante retrato do universo feminino. (...) 
O Parque dos Cães, simultaneamente romance histórico e romance policial, 
pode ser resumido como um conto dos irmãos Grimm tornado realidade."
                                                                         Lire (França)

Um romance sobre a condição feminina, a exploração do corpo da mulher, 
a maternidade e a teia criminosa e lucrativa em torno daquelas que tudo perderam.



O Parque dos Cães oscila entre dois mundos: a Helsínquia da atualidade e a Ucrânia que conquistou a independência, após o colapso da União Soviética. Do cruzamento destas duas realidades, surge uma outra: a endémica corrupção do Leste, alimentando a ganância voraz do Ocidente. Nesta interseção, conhecemos duas mulheres, que partilham uma história de lealdade, amor e confiança traída. Dão por si arrastadas para uma torrente de lutas de poder, que opõe famílias influentes, mas que também opõe sexo feminino e sexo masculino. A razão é só uma: o corpo da mulher tem a capacidade de dar vida e, por causa disso, torna-se fonte de lucro.
O Parque dos Cães retrata a vida de uma mulher que se descobre incapaz de fugir à memória do filho que perdeu, aos fantasmas que a assombram e às mentiras que lhe salvaram a vida. Esta é a história do lado negro da indústria da fertilidade, mas também do ponto a que somos capazes de chegar para concretizar sonhos impossíveis.







fevereiro 07, 2024

DOR FANTASMA

A 17 de novembro de 2022 felicitámos 
Rafael Gallo
 por ter ganho o 
Prémio Literário José Saramago

"O Prémio Literário José Saramago sempre foi um grande sonho para mim.
Era principalmente o meu principal sonho na literatura."


Rafael Gallo nasceu a 23 de outubro de 1981 em São Paulo, Brasil.
Formado em música pela Universidade Estadual de São Paulo, tem um mestrado em meios e processos audiovisuais. Deixou a carreira musical para se dedicar à escrita, o que lhe permitiu uma realização pessoal, mas as dificuldades financeiras obrigaram-no a arranjar um emprego e a escrever no seu tempo livre.
Em 2016 teve o seu primeiro episódio depressivo e começou a escrever Dor Fantasma. Entre 2020 e 2021 teve outro episódio depressivo e quase desistiu de escrever, mas o anúncio da abertura do concurso do Prémio José Saramago fê-lo repensar. Ainda ponderou escrever um novo romance "rapidíssimo, em meses", mas percebeu que era impossível.

"Falei: bom, não vai dar certo, a única coisa que tenho é a Dor Fantasma e esse prémio é o meu sonho. Ou tento, ou não tento. Peguei na história e todo esse processo de refazer o romance, de cumprir prazos, de submetê-la ao prémio, de a entregar a um editor, senti-me movido pela adrenalina e fui saindo da depressão."

E hoje convidamo-lo a vir 
à Biblioteca Municipal
e requisitar 
 Dor Fantasma



Rômulo Castelo, um pianista virtuoso, dedica-se inteiramente a buscar a perfeição na sua arte e, todas as manhãs, ao acordar, fecha-se na sua sala de estudos. Por trás da porta blindada, que também o distancia de um casamento problemático e de um filho que jamais corresponderá aos seus ideais de excelência, ensaia aquela que é considerada a peça intocável de Liszt, o Rondeau Fantastique.
Em breve, Rômulo irá oferecer a sua genialidade ao mundo, numa tournée pela Europa que o sagrará como o maior intérprete daquele compositor. A vida, porém, tem outros planos e, de um dia para o outro, incapaz de se reinventar na adversidade, Rômulo vê fugir-lhe aquele que julgava ser o seu lugar por direito no pódio do mundo.

"Dor Fantasma é um belíssimo romance. 
O cruzamento entre a música, a literatura e a fragilíssima condição humana
 (representada, neste livro, pelo atavismo) é absolutamente brilhante."
                                                                                              João Tordo




janeiro 19, 2024

CHOPIN ... MAS PORQUÊ CHOPIN?


Piano Schiedmayer

"(...) A minha irmã, abatida, fixava de soslaio o Schiedmayer, que nunca lhe dera a honra de soar assim. Os meus pais entreolhavam-se, assombrados por aquele baú sombrio e ventripotente, familiar há um século, proporcionar tais encantos. Quanto a mim, friccionei os antebraços cujos pêlos se tinham eriçado e perguntei à tia Aimée:
- O que era?
- Chopin, evidentemente.
Naquela mesma noite, exigi ter lições e, uma semana depois, comecei a aprender a tocar piano."




E a nossa sugestão de leitura para este fim de semana é o romance
A Professora Pylinska e o Segredo de Chopin
do autor Éric-Emmanuel Schmitt
com tradução do maestro Miguel Graça Moura


"Li-o numa tarde e fiquei tão deliciado 
que decidi logo traduzi-lo, por puro prazer". 
                                                                                                          Miguel Graça Moura





A intransigente e excêntrica Professora Pylinska tiraniza Éric-Emmanuel Schmitt, o seu jovem aluno, que quer ficar a conhecer o segredo de Frédéric Chopin.
No decurso das sua lições, o aprendiz irá ouvir o silêncio, colher flores de madrugada, seguir os efeitos do vento nas árvores e o movimento das ondas e aprender muito mais do que música, aprender a fazer amor, ou melhor ainda, a amar.
Poderá a obra de um músico genial dar sentido a uma vida?
Irá esta ajudar o narrador a compreender o chocante segredo que envolve um ente querido?


Uma fábula terna e cómica, cheia de gatos snobes, aranhas apaixonadas 
pela música, uma tia querida e, sobretudo, 
as melodias de Chopin, num texto repleto de inteligência e humor, 
em que a música nos ensina a viver e amar.



Éric-Emmanuel Scmitt é um dos 10 autores de língua francesa mais lidos em todo o mundo e está traduzido em mais de 45 línguas. As suas peças de teatro foram levadas à cena em mais de 50 países. A 25 de novembro de 2023, o  Teatro Stephens exibiu a peça "O Sr. Ibrahim e a Flores do Alcorão", pela companhia Teatro Meridional, numa interpretação de Miguel Seabra e Rui Rebelo.
O Livro que deu origem a essa peça pode ser requisitado para empréstimo domiciliário na nossa Biblioteca. 
O autor recebeu inúmeros galardões, entre eles o prestigiado Prémio Goncourt e o Grande Prémio de Teatro da Academia Francesa.
Nasceu a 28 de março de 1960 em Sainte-Foy-lès-Lyon, em França.


"- Percebes melhor agora, meu querido Éric, porquê Chopin?
Fixava-me com tanta esperança que, sem coragem para abalroar o seu otimismo, fiz sinal de aprovação com a cabeça. 
- Chopin, evidentemente...
Pareceu feliz por partilharmos a mesma opinião. Dissimulei a vergonha que senti por tê-la iludido. Chopin... Mas porquê Chopin."



Visite-nos, requisite este livro e descubra...
Chopin... mas porquê Chopin?








novembro 03, 2023

PARABÉNS MIGUEL ESTEVES CARDOSO

Decorreu no passado mês de outubro, de 23 a 29, 
na cidade de Penafiel, o Festival Literário Escritaria.

Este ano o homenageado foi o escritor Miguel Esteves Cardoso,
 "cuja liberdade de pensamento e visão crítica influenciaram uma geração de escritores e não só."

"Penafiel é mais bonito do que dizem. Faz lembrar Oxford" MEC

"Esta será uma edição muito emotiva, como todas, em especial para aqueles
 que fazem parte de uma geração que se habitou a encontrar em MEC
 uma fonte de inspiração para olhar e interpretar Portugal
 de uma forma crítica e não conformista."
                                                           António de Sousa, Presidente da Câmara de Penafiel


Miguel Esteves Cardoso nasceu em Lisboa a 25 de julho de 1955.
Fez os seus estudos secundário na Saint Julian's School e os superiores no Reino Unido. Licenciou-se em Estudos Políticos, em 1979, na Universidade de Manchester. Doutorou-se em 1983 em Filosofia Política, com uma tese que relacionava a Saudade e o Sebastianismo no Integralismo Lusitano e mais tarde, em Oxford fez um pós-doutoramento em Filosofia Política.
Em 1982 entrou para o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa como investigador auxiliar. Mais tarde foi professor auxiliar de Sociologia Política no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa da Universidade de Lisboa.
Abandonou a carreira académica, para em 1988 se dedicar à Comunicação Social, assumindo a direção do jornal O Independente, um projeto que  influenciou o jornalismo português da época.
Foi crítico literário e cinematográfico no Jornal de Letras, Artes e Ideias. Na rádio foi autor e coautor de diversos programas.  Na RTP, foi o argumentista do programa do Herman José, Humor de Perdição e mais tarde, em 2017-2018 no programa Fugiram de Casa dos Seus Pais em parceria com Bruno NogueiraAinda na televisão, desta vez na SIC, participou na Noite da Má Língua.
Na década de 1980 MEC funda, com Pedro Ayres Magalhães, Ricardo Camacho e Francisco Sande e Castro, uma das primeiras editoras independentes, a Fundação Atlântica, produzindo discos dos Xutos e Pontapés, Sétima Legião, Delfins, Anamar.
Estabeleceu polémicas com alguns intelectuais e escritores, como Fernando Namora ou Eduardo Prado Coelho.
Voltou em 2006 à comunicação social com o semanário Expresso e, desde 2009, escreve uma crónica diária no jornal Público.
Em 2013 a Porto Editora reeditou todas a sua obras. Venceu o Grande Prémio de Crónica e Dispersos da APE 2022.


Esta é a nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana









outubro 06, 2023

PARABÉNS AOS LAUREADOS DE 2023



O escritor norueguês Jon Fosse é o Prémio Nobel da Literatura de 2023.


"Estou emocionado e grato. Vejo isto como um prémio à literatura que, 
acima de tudo, pretende ser literatura, sem outras considerações."

Jon Fosse nasceu a 29 de setembro de 1959, em Haugesund, Noruega. É um ícone artístico norueguês, com cerca de 60 obras publicadas nos últimos 40 anos. No seu país já venceu os principais prémios literários.
Em 2011, o rei Harald V atribuiu-lhe uma das maiores honras nacionais: o usufruto da Grotten, uma residência dentro do perímetro do palácio real, pelos altos contributos para a arte e cultura da Noruega.

A Real Academia Sueca das Ciências justificou o Prémio Nobel da Literatura de 2023 "pelas suas peças de teatro e prosa inovadoras que dão voz ao indizível".

Em Portugal a sua dramaturgia tem vindo a ser encenada, ao longo dos anos, por diversas companhias de teatro.
Do fundo bibliográfico da Biblioteca Municipal fazem parte dois títulos do autor para empréstimo domiciliário:
  • Lilás
  • A noite canta os seu cantos



A ativista iraniana Narges Mohammadi é a vencedora do Prémio Nobel da Paz 2023

Narges Mohammadi nasceu a 21 de abril de 1972, em Zanjan, no Irão.
Licenciada em Física, é engenheira de profissão. Escreveu artigos de opinião e tornou-se ativista dos direitos das mulheres até ser detida, a primeira vez, em 2011.
Atualmente está presa, condenada a mais de 30 anos de prisão e 154 chibatadas, pela sua luta contra a opressão do atual regime iraniano, que começou após a morte da jovem Mahsa Amini, presa pelo "uso incorreto" do véu islâmico obrigatório no Irão. 

A Real Academia Sueca das Ciências frisou que a ativista luta "pelo direito a viver de forma digna. 
Esta luta no Irão teve como consequências perseguições, detenções, tortura e até a morte.
Ao distingui-la, o comité Nobel deseja homenageá-la pela luta corajosa pelos direitos humanos, a liberdade e democracia."








setembro 27, 2023

PARABÉNS LÍDIA JORGE



A escritora Lídia Jorge venceu por unanimidade o Prémio Eduardo Lourenço deste ano.
Já este ano, o seu romance Misericórdia, venceu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores. Este romance é ainda candidato aos prémios Medicis e Femina 2023 de melhor  romance estrangeiro publicado em França.

Misericórdia foi publicado em outubro de 2022 e foi escrito a pedido da sua mãe, que várias vezes lhe pediu que escrevesse um livro com aquele título. A ação decorre entre abril de 2019 e abril de 2020, data do falecimento da sua mãe, uma das primeiras vítimas da Covid-19 no sul do país.
Misericórdia é "um livro sobre o esplendor da vida que acontece quando as pessoas estão para partir, sobre os atos de resistência magníficos, que as pessoas têm no fim da vida".


Os seus livros, que pode requisitar na Biblioteca Municipal, estão traduzidos em mais de vinte línguas, entre elas o alemão, castelhano, búlgaro, galego, esloveno, grego, francês, hebraico, inglês, sueco, italiano.

Lídia Jorge recebeu, ente outros, os seguintes prémios: 

  • 2004 - Prémio Correntes d' Escritas
  • 2006 - Prémio Albatroz da Fundação Günter Grass
  • 2020 - Prémio FIL de Literatura em Línguas Românicas, da Feirado Livro de Guadalajara, México







setembro 22, 2023

TODA A LUZ QUE NÃO PODEMOS VER

O livro que hoje divulgamos teve as seguintes distinções: 
  • Em 2014 foi um dos melhores livros do ano, segundo a Amazon.com
  • Em 2014 foi finalista do National Book Award
  • Foi considerado, em 2014, um dos 10 melhores livros do ano para o New York Times Book Review
  • Foi o melhor livro de 2014 segundo a Barnes and Noble, Entertainment Weekly, The Washington Post, The Guardian e Kirkus Review
  • Em 2015 foi o vencedor do Prémio Pulitzer
  • Em 2017 foi o livro mais lido na Biblioteca Municipal da Marinha Grande



Marie-Laure é uma jovem cega que vive com o pai, o encarregado das chaves do Museu Nacional de História Natural em Paris. Quando as tropas de Hitler ocupam a França, pai e filha refugiam-se na cidade fortificada de Saint-Malo, levando com eles uma joia valiosíssima do museu, que carrega uma maldição. 
Werner Pfenning é um órfão alemão com um fascínio por rádios, talento que não passou despercebido à temida escola miliar da Juventude Hitleriana. Seguindo o exército alemão por uma Europa em guerra, Werner chega a Saint-Malo na véspera do Dia D, onde, inevitavelmente, o seu destino se cruza com o de Marie-Laure, numa comovente combinação de amizade, inocência e humanidade num tempo de ódio e de sofrimento.


A 2 de novembro deste ano vai estrear na Netflix uma minissérie de 4 episódios, realizada por Shawn Levy, com argumento de Steven Knight, e com a participação, entre outros, dos atores Mark Ruffalo, Hugh Laurie e Louis Hofman, baseada no romance que hoje sugerimos para o seu fim de semana: 




"Saint-Malo: Água rodeia a cidade dos quatro lados. A sua ligação ao resto da França é ténue: uma passagem sobre o mar, uma ponte, uma língua de areia. Somos de Saint-Malo em primeiro lugar, dizem os habitantes da cidade. Bretões a seguir. Franceses se mais houver a dizer. 
À luz de tempestade, o seu granito emite um brilho azul. Nas marés mais altas, o mar infiltra-se nas caves do centro da cidade. Nas marés mais baixas, as costelas pejadas de cracas de mil navios naufragados assomam da água.
Ao longo de três mil anos, este pequeno promontório conheceu cercos. Mas nunca como este."




Anthony Doerr nasceu a 27 de outubro de 1973 em Cleveland, Ohio.
Autor de vários livros, recebeu alguns dos mais prestigiados prémios nos Estados Unidos da América.
Em 2007, a revista literária Granta considerou-o um dos melhores romancistas americanos.
Os direitos de Toda A Luz Que Não Podemos Ver foram vendidos para cerca de 40 países.








setembro 01, 2023

FELIZ ANIVERSÁRIO ANTÓNIO LOBO ANTUNES




António Lobo Antunes nasceu em Lisboa a 1 de setembro de 1942.
Estudou no Liceu Camões em Lisboa e Licenciou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, com especialização em Psiquiatria. Após a conclusão do curso foi destacado como tenente e médico militar no leste de Angola, durante a guerra colonial entre 1971 e 1973, o que marcou fortemente os seus três primeiros romances. Exerceu a sua profissão de Psiquiatra em Lisboa no Hospital Miguel Bombarda até 1985, data em que passou a dedicar-se exclusivamente à escrita.
Em 1979 publicou o seu primeiro romance, Memória de Elefante, que se tornou num enorme sucesso literário.
Em 1999 o seu romance Exortação aos Crocodilos foi proposto para o Prémio Nobel da Literatura.
A sua obra traça um dos quadros mais exaustivos e sociológicos do século XX português.
António Lobo Antunes é um dos escritores portugueses mais lidos, vendidos e traduzidos em todo o mundo.

Recebeu entre outros os seguinte Prémios:
  • Em 1985 Grande Prémio de Romance e Novela APE/DGLB
  • Em 1999 Prémio Dom Dinis
  • Em 2003 Prémio União latina
  • Em 2004 Prémio Fernando Namora
  • Em 2005 Prémio Jerusalém
  • Em 2006 Prémio Iberoamericano de Letras José Donoso
  • Em 2007 Prémio Camões
  • Em 2008 Prémio Juan Rulfo
  • Em 2010 Prémio Autores
  • Em 2017 Prémio Vida e Obra da Sociedade Portuguesa de Autores
  • Em 2018 Prémio Bottari Lattes Grinzane
Em 2008 foram-lhe atribuídas pelo Ministério da Cultura francês, as insígnias de Comendador da Ordem das Artes e das Letras francesas.
Em 22 de outubro de 2022 recebeu o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade Nacional Mayor de San Marcos, em Lima, Peru.









agosto 25, 2023

LEIA O LIVRO, VEJA O FILME

 




Fiona Maye é uma juíza proeminente do Supremo Tribunal, que julga casos do Tribunal de Família. É reconhecida pela inteligência arguta, o rigor e a sensibilidade. Mas o seu sucesso profissional tem atrás de si a mágoa privada e o combate doméstico. Além do remorso latente por nunca ter tido filhos, o seu casamento de trinta anos está em crise.
É neste contexto que é chamada a julgar um caso urgente: por razões religiosas, um bonito rapaz de dezassete anos, Adam, está a recusar o tratamento médico que lhe podia salvar a vida, e os pais, devotos, comungam do seu desejo. O tempo urge. Enquanto procura tomar uma decisão, Fiona visita Adam no hospital - um encontro que agita nela sentimentos há muito enterrados e no rapaz novas e poderosas emoções. O julgamento dela terá consequências tremendas para ambos...






"- Vou dizer-te porque estou aqui, Adam. Quero ter a certeza de que sabes o que estás a fazer. Algumas pessoas pensam que és novo demais para tomar uma decisão como esta e que és influenciado pelos teus pais e pelos anciãos. E outras pensam que és extremamente inteligente e capaz e que devemos deixar-te levar a tua avante."



A decisão da juíza Fiona Maye é 
a nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana. 

Leia o livro e veja o filme







Em 2017, o filme, com argumento do próprio autor, 
foi realizado pelo britânico Richard Eyre, 
tendo nos principais papeis a atriz Emma Thompson 
e os atores Stanley Tucci e Fionn Whiehead.






Ian McEwan nasceu a 21 de junho de 1948, em Aldershot, Inglaterra.
Passou parte da sua infância no Extremo Oriente, na Alemanha e no Norte de África, dado que o seu pai era oficial do Exército Britânico e foi colocado sucessivamente nesses locais.
Estudou na Universidade de Sussex e na Universidade de East Anglia, tendo como professor o escritor Malcom Bradbury.

Iniciou a sua carreia na escrita em 1975, tendo sido agraciado ao longo dos anos com diversos prémios:
  • Em 1976 - Prémio Somerset Maugham
  • Em 1993 - Prémio Femina Estrangeiro
  • Em 1998 - Prémio Man Booker com Amesterdão (que pode ser requisitado na Biblioteca)
  • Em 2002 - National Book Critics Circle Award
  • Em 2005 - James Tait Black Memorial Prize 
  • Em 2011 - Prémio Jerusalém - uma honra concedida a escritores cujos trabalhos versem a liberdade individual na sociedade.






agosto 11, 2023

AS FLORES PERDIDAS DE ALICE HART






Estreou dia 4 de agosto na Amazon Prime Vídeo a primeira temporada da minissérie "As Flores Perdidas de Alice Hart", com adaptação de Sarah Lambert, realizada por  Glendyn Ivin e protagonizada entre outras por Sigourney Weaver.



A série televisiva foi baseada num romance homónimo, 
As Flores Perdidas de Alice Hart,
de Holly Ringland
que o Leitor poderá requisitar na sua Biblioteca e, 
é a nossa Sugestão de Leitura para o seu fim de semana







Alice tem nove anos e vive num local isolado, idílico, entre o mar e os canaviais, onde as flores encantadas da mãe e as suas mensagens secretas a protegem dos monstros que vivem dentro do pai.
Quando uma enorme tragédia muda a sua vida irrevogavelmente, Alice vai viver com a avó na quinta de cultivo de flores que é também um refugio para mulheres sozinhas ou destroçadas pela vida. Ali, Alice passa a usar a linguagem das flores para dizer o que é demasiado difícil transmitir por palavras.
À medida que o tempo passa, os terríveis segredos da família, uma traição avassaladora e um homem que afinal não é quem parecia ser, fazem Alice perceber que algumas histórias são demasiado complexas para serem contadas através das flores. 
E para conquistar a liberdade que tanto deseja, Alice terá de encontrar coragem para ser a verdadeira e única dona da história mais poderosa de todas: a sua.



"O tempo passado no jardim deveria ser calmo e silencioso.
Como numa biblioteca, murmurara-lhe um dia a mãe, 
envolvida pelos seus tão amados fetos"







Holly Ringland cresceu, rebelde e de pés descalços, no jardim tropical da mãe, no norte da Austrália. Quando tinha nove anos, a sua família viveu numa caravana durante dois anos, viajando de parque em parque natural, na América do Norte, uma experiência que despertou em Holly o interesse pelas culturas e histórias dos lugares. Na casa dos vinte anos, trabalhou durante quatro anos numa comunidade remota indígena no deserto central australiano. Mudou-se para Inglaterra em 2009 e fez uma especialização em Escrita Criativa na Universidade de Manchester em 2001. Presentemente vive entre o Reino Unido e a Austrália.
A nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana foi o seu primeiro romance, publicado em mais de 30 países e em 2019 venceu o Australian Book Industry Award.




"As Flores Perdidas de Alice Hart é um livro pelo qual nos vamos apaixonar, 
guardar e recordar durante muito tempo."
                                                                                                                                   Kate Leaver










julho 19, 2023

MILAN KUNDERA, 1929-2023



"Claro que o Nobel não lhe faz falta, caro Kundera; Também não fez falta a Tolstói, que o perdeu para um Sully Prudhomme que já ninguém recorda. Nem a Virginia Woolf, Nabokov, Mishima, Yourcenar, Duras, e muitos outros que continuam a iluminar-nos a existência.
 (...) Dizem que o prémio é "político"; mas se o fosse, no sentido nobre da palavra, 
o senhor já o teria recebido. O problema é que até a política acabou."
Inês Pedrosa



Milan Kundera resume a sua biografia em duas frases: Nasci na antiga Checoslováquia. Em 1975 instalei-me em França.

Nasceu a 1 de abril de 1929, em Brnö, na antiga Checoslováquia e em 1981 adotou a nacionalidade francesa. Para além de escritor, foi um ativista e um humanista.

O seu romance mais aclamado, quer pelos leitores, quer pela crítica, A Insustentável Leveza do Ser, foi considerado um dos principais romances do século XX.


Autor de importantes obras, que vão desde o romance, o ensaio e a poesia, disponíveis para empréstimo domiciliário na Biblioteca Municipal, como a Brincadeira, O Livro do Riso e do Esquecimento e A Insustentável Leveza do Ser, consagraram-no como um dos maiores escritores do século XX.
Escreveu em francês e a sua obra foi traduzida em mais de 40 línguas, o que faz de Milan Kundera um dos autores mais traduzidos em todo o mundo.




Não dá entrevistas nem participa em eventos com câmaras e fotógrafos. 
Em 2007, alegando problemas de saúde não esteve presente na homenagem da entrega do Prémio Nacional Checo de Literatura.
Não compareceu na Embaixada de França em Praga, em 12 de junho de 2021, quando foi agraciado como prestigioso Prémio Franz Kafka.
Em 2018 o primeiro-ministro checo Andrej Babis visitou-o no seu apartamento em Paris e alguns meses depois a nacionalidade checa foi-lhe restituída.
O seu espólio foi doado à cidade onde nasceu.
Faleceu em Paris no passado dia 11 de julho. O Parlamento Europeu fez um minuto de silêncio após a notícia do seu falecimento.


"Através das sua páginas, ajudou-nos a descobrir quem somos, 
a encontrar um caminho através do absurdo do mundo. 
Com ele morre uma das maiores vozes da literatura europeia".
                                                                             Rima Abdul Malak, Ministra da Cultura Francesa





junho 28, 2023

O GATO QUE SALVAVA LIVROS



"Considera-se um amante de livros?
Esta história japonesa é para si."
                                                                                                     Library Journal





 Na periferia da cidade, há uma livraria alfarrabista. Lá dentro, as pilhas de livros são como arranha-céus a tocar o teto. Estamos na Livros Natsuki, fundada pelo avô de Rintaro, que ali cresceu, numa espécie de refúgio extraordinário em que a leitura comandava os dias e os mundos amparados pelas lombadas que não tinham fim.
Depois da morte do avô, Rintaro está inconsolável e sozinho, e a vida da Livros Natsuki parece ter acabado. Mas é então que surge Tigre, um gato malhado ... falante. Tigre pede ajuda a Rintaro: precisa que um verdadeiro amante de livros se junte a ele numa missão muito importante. Não há tempo a perder: é preciso salvar vários livros das mãos das pessoas que os tratam mal, os prendem e os traíram. 
Juntos, partem em três viagens mágicas, e no final ... Rintaro tem de enfrentar o derradeiro desafio sozinho.



"(...) Ainda empunhando a tesoura, o estudioso soltou uma voz estrangulada.
- Hoje em dia, as pessoas esqueceram-se de como se sentar e ler um livro. Não achas que as sinopses e as leituras rápidas são o que a nossa sociedade moderna exige?
- Não sei e não me interessa. - Como reação a esta resposta inesperadamente agressiva, os olhos do estudioso esbugalharam-se. - Eu simplesmente adoro livros. - Rintaro fez uma pausa para olhar para o seu adversário. - Não importa o quanto a sociedade o possa exigir. Eu oponho-me a que se façam cortes nos livros.( ...)




Sosuke Natsukawa nasceu em 1978 em Osaka, Japão.
Vencedor do Prémio Shogakukan para ficção com o seu primeiro livro, também distinguido em segundo lugar nos Japan Bookseller Awards, é médico e exerce em Nagano, no Japão.
A sua obra de estreia chegou ao milhão e meio de leitores no seu país natal e foi publicada em mais de 30 países tornando-se um fenómeno de vendas internacional.
Se o leitor já está a fazer a mala para ir de férias, O Gato Que Salvava Livros vai ser uma ótima companhia para as tão esperadas férias.






Boas Férias com Boas Leituras


junho 23, 2023

PARABÉNS TEOLINDA GERSÃO

 

Teolinda Gersão foi a vencedora do Grande Prémio de Literatura dst, com o livro O Regresso de Júlia Mann a Paraty. A edição deste ano foi dedicada a livros escritos em prosa e publicados entre 2021 e 2022 e contou com cerca de 200 candidatos, o que constituiu uma recorde para o prémio que tem um valor de 15 mil euros. O júri foi presidido pela escritora Lídia Jorge e contou também com a participação de Carlos Mendes de Oliveira e Cândido Oliveira Martins.
O prémio irá ser entregue no próximo dia 30 de junho, no Theatro Circo, em Braga, numa cerimónia que irá incluir um concerto do projeto Os Poetas, de Rodrigo Leão e Gabriel Gomes.


Teolinda Gersão foi galardoada com mais de uma dezena dos principais prémios literários, entre eles: 
  • O Grande Prémio de Romance e Novela da APE
  • O Prémio do PEN Clube
  • O Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco
  • O Prémio Fernando Namora
  • O Prémio Literário Vergílio Ferreira

Considerada uma das maiores escritoras da atualidade, Teolinda Gersão nasceu em Coimbra no dia 30 de janeiro de 1940. Estudou nas Universidades de Coimbra, Tübingen e Berlin. Foi Leitora de português na Universidade Técnica de Berlin e professora catedrática na Universidade Nova de Lisboa, onde lecionou Literatura Alemã e Literatura Comparada.
É autora de 20 livros e a sua obra encontra-se traduzida em 20 países.
Alguns dos seus contos e livros já foram adaptados ao teatro, encenados em Portugal, Alemanha e Roménia e ao cinema com curtas e médias metragens.
A sua obra também tem sido alvo de diversos estudos académicos, de teses de mestrado e doutoramento em universidades nacionais e estrangeiras.
É sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro e da Associação Portuguesa de Escritores.
Recebeu a Medalha de Mérito Cultural Grau Ouro da Câmara Municipal de Coimbra.



Fazem parte do fundo bibliográfico da Biblioteca Municipal 
os seguintes livros disponíveis para empréstimo domiciliário: 
  • Os Teclados
  • A Árvore das Palavras
  • O Silêncio
  • O Cavalo de Sol
  • Paisagem com Mulher e Mar ao Fundo
  • A Cidade de Ulisses


BOA LEITURA


abril 12, 2023

QUE MULHER FOI ANNIE?


"Haveria de chegar uma altura em que Annie poderia fazer tudo o que lhe apetecesse; por agora estava convicta de que esse momento só chegaria quando fugisse dali. E não apenas de sua casa! O país era demasiado cinzento, sendo obrigatório guardar silêncio, tanto no interior da família como na sociedade. A revolta de Annie era, por enquanto, mais dirigida à mãe do que ao regime, apesar de as duas dimensões se confundirem na sua cabeça, tantas eram as vezes em que D. Nita elogiava Salazar e amaldiçoava Humberto Delgado."

Ana Maria Duarte Palhota da Silva Pais
Lisboa 01-12-1935 / Cuba, Havana 17-07-1999




Annie Silva Pais, filha de Armanda e Fernando Silva Pais, trocou o marido e uma vida confortável na sombra do Estado Novo pelos ideais da revolução cubana. E por amor. Assumiu paixões tão ardentes como o fogo revolucionário e tornou-se tradutora e intérprete, membro confiado da equipa de Fidel Castro, à qual pertenceu até morrer. Para trás deixou a família e Portugal, onde regressou apenas em 1975, em trabalho e também para interceder pela libertação de seu pai, que nunca deixou de amar. Silva Pais foi o último diretor da PIDE.

O que leva uma filha do regime - filha de um dos homens fortes do regime -, 
casada com um diplomata suíço, a largar tudo e encontrar um propósito 
como militante da revolução cubana?



Ana Cristina Silva nasceu em Lisboa em 1964. É professora no ISPA - Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida na área de Aquisições Precoces da Linguagem Escrita, Ortografia e Produção Textual.
Autora de 15 romances e de um livro de contos, foi três vezes finalista do Prémio Literário Fernando Namora (2011, 2012 e 2013), que venceu em 2017 com o romance A Noite Não é Eterna e que pode requisitar na Biblioteca Municipal.
Recebeu também o Prémio Literário Urbano Tavares Rodrigues pelo romance O Rei do Monte Brasil, em 2012.
No romance que hoje divulgamos, À  Procura da Manhã Clara, a autora combina realidade com ficção. Pesando factos e indícios, oferece-nos um retrato pleno de intimidade e humanidade, numa galeria de personagens, de entre as quais sobressai Che Guevara, o grande amor de Annie.



"Trouxeste a revolução a Cuba e também à minha vida. Amo-te, amo-te, amo-te, e não é só com recordações que te guardo dentro de mim. O que te torna ainda mais presente são os teus ideais e o propósito de libertar a Humanidade de um mundo tão feroz."







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